quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Professor da UFSC condena multa do ICMBio




Professor Roberto de Oliveira, PhD pela University of Waterloo do Canadá e do corpo docente da Universidade Federal de Santa Catarina, envia e-mail para condenar com a maior veemência e fundamentação científica a multa que o ICMBio aplicou na empresa Caruso Jr, que elaborou o licenciamento ambiental para o Estaleiro OSX de Biguaçu. Leia:

“Prezado Moacir, Bom dia.Assíduo leitor, assinante do DC e batalhador pela qualidade de vida em franca decadência na Ilha De Santa Catarina, venho dedicar uns instantes de reflexão sobre a polêmica do Estaleiro OSX. Apenas num aspecto, dos mais preocupantes e angustiantes.

Sou professor (agora voluntário) da UFSC, com PhD em engenharia civil na University of Waterloo do Canada, já formei 30 doutores e 40 mestres (e continuo orientando) na UFSC, tendo participado em quase duas centenas de bancas, as mais diversas (Mestrado, doutorado, concursos públicos, por exemplo) e nunca vi medida tão desproposital como a que o ICMBio aplicou na empresa Caruso.

No meu entender e também da maioria absoluta do meio acadêmico, quiçá do meio jurídico, qualquer idéia ou conjunto delas constante numa tese, dissertação, parecer ou proposta, cabe apenas aceitação ou rejeição, para simplificar o julgamento.

O que o ICM Bio fez, punir e mesmo multar um simples relatório de impacto ambiental, ou peça semelhante trata-se de abertura de um precedente sem par no meu conhecimento.

Significa que uma peça de defesa de um advogado o levaria à prisão sumária, também que um postulante a um título de mestre ou doutor ser expulso da escola ou punido de outra forma ao ter suas idéias expressas serem consideradas inaceitáveis pela banca.

Foi o que fez o ICMBio, ao menos que tenha lido e relido as notícias veiculadas pelos jornais e as tenha interpretado erradamente.

Fico pasmo ao saber deste órgão (Instituto) tomar uma decisão destas. O que pensar e como agir daqui para frente? O que poderá acontecer com os debates científicos que se encerram em RIMAS, EIAS e assemelhados? O que virá a seguir? Quando apresentarmos um projeto de construção de um edifício, hotel, ou obra de maior porte, iremos ser multados?

Na época do nazismo, existia a truculência física contra opositores de idéia (e de raça, por exemplo) diferentes. Com as medidas expostas (e não convenientemente confrontadas até agora) pelo ICM Bio é proibido atualmente pensar diferente. Estaríamos inaugurando uma nova, e talvez tão perversa quanto, forma de intolerância: a das idéias?

Professor Roberto de Oliveira, PhD – Engenheiro Civil Cart 3877-0 CREA-SC”.



fonte: blog Moacir Pereira

Estaleiro em Biguaçu – Eike não é o real problema

Por Rodrigo Cintra


http://portalmaritimo.com/2010/11/07/estaleiro-em-biguacu-eike-nao-e-o-real-problema


A polêmica que ronda o projeto que visa a instalação de um estaleiro em Biguaçu pela OSX , empresa do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, um dos que mais trouxe investimentos para esse país nos últimos anos, é realmente preocupante. Diversas pessoas leigas, influenciadas por umas poucas que sabem “direitinho” o real significado de um estaleiro naquela área, levantam bandeiras em nome da Natureza e do Meio Ambiente… Pelo menos isso é o que eles acham, não é mesmo? “Estamos defendendo a Natureza”.

Mal sabem eles que estão, na verdade, sendo meras marionetes do jogo de especulação imobiliária, tal como foram os moradores de Angra dos Reis na época da polêmica envolvendo as Usinas Nucleares e deu no que deu: Angra dos Reis foi, durante anos, uma cidade parada durante todo o ano, a não ser pela movimentação de turistas em alta temporada e por um poucos eventos no Colégio Naval e em suas ilhas.

Angra dos Reis, de uns anos pra cá, está finalmente voltando a crescer. O Estaleiro Brasfels e mais alguns outros funcionam a todo vapor e o porto está sendo preparado para a demanda vindoura com o pré-sal. Mais emprego e renda para o Povo.

O povo local, antes sem opções, agora vislumbra novos horizontes e, caso os recursos advindos dos Impostos gerados sobre estas atividades sejam bem empregados, pois no Brasil sempre há o “Fator Corrupção” envolvido em tudo, certamente veremos a cidade crescer, beneficiando, assim, seus habitantes.

Agora voltemos ao caso de Biguaçu.

A “Ilha da Magia” sempre foi um importante pólo turístico, disso ninguém tem dúvida alguma. Fora isso, importantes reservas ambientais ficam ali localizadas, como a Reserva Marinha Biológica do Arvoredo, a Estação Ecológica de Carijós e a Área de Preservação Ambiental da ilha de Anhatomirim, que são as que estão mais diretamente ligadas à área escolhida por Eike Batista e sua equipe.

De megalomaníaco a adjetivos mais pejorativos, Eike Batista é qualificado até mesmo de “explorador” quando, na verdade, até eu que não moro aí, sendo apenas um eventual visitante a turismo, sei que boa parte dos verdadeiros exploradores do povo catarinense, principalmente dos que vivem nessa região, estão mesmo é nas pousadas e na classe política. Aliás, convido nossos “irmãos” estrangeiros a se mobilizarem e financiarem a instalação de uma rede de esgoto no local, pois, pasmem, somente cerca de 30% das casas possuem rede de esgoto. O resto, vai na água mesmo. Não precisa ser morador da área para sentir o cheiro de boa parte do litoral.

Quer dizer que o Eike Batista, um brasileiro querendo investir no Brasil, querendo, é óbvio, lucrar com isso, mas lucrar desenvolvendo toda uma região, trazendo no rastro milhares de brasileiros juntamente com ele, não pode investir no Estaleiro, mas os “patrõezinhos” gringos podem “deitar e rolar” por aí, né? Ninguém investe mais no Brasil atualmente que Eike Batista.

Sob um pretexto de “Salvem a Natureza”, “Salvem os Golfinhos” e muitos outros, O Estado de Santa Catarina viu e continua vendo muitos projetos para investimentos grandiosos, geradores de emprego e renda, irem “pelo buraco”.

Deixo nas mãos dos que protestam a responsabilidade para com os que não têm emprego e comida hoje. Peço a vocês que criem algo que possa dar alento a essas famílias. Não estou me referindo, entretanto, a programas assistencialistas, como “Bolsa isso” ou “Bolsa aquilo”, mas verdadeiros programas capazes de gerar emprego e renda, movimentar a Economia local e tirar nossos queridos “barrigas verdes” de meros coadjuvantes de nosso desenvolvimento como Nação.

Pelo que vejo nas diversas redes sociais, jornais, televisão, a maioria dos que defendem este protesto ou vivem às custas de programas assistencialistas, mantidos à base da taxação do cidadão catarinense e das empresas privadas que aí atuam, ou então são pessoas que exploram a atividade imobiliária de alguma forma. As mesmas empresas que, como o Grupo EBX, investem no Estado, produzem algo. Eike Batista quer investir na área e há uma série de programas já aprovados para isso.

Pior que isso, é ver algumas “pseudo elites” catarinenses usando os humildes pescadores como verdadeira “massa de manobra”. “Playboyzinhos” e “patricinhas”, que nunca sentiram fome, não sabem o que é o filho pedir comida e você não ter para dar, que nunca sentiram na pele o que é a pobreza fazem movimentos, levantam bandeiras, mostram-se “conscientes”, defendem o Meio Ambiente e dão “orelhadas” sobre atividades da Indústria Marítima e da Marinha Mercante sem nada saberem. Verdadeiros papagaios, repetindo o que ouviram falar.


Se o Capitão Nascimento (agora Coronel), personagem do filme Tropa de Elite, pudesse narrar isso, certamente ele faria alguns comentários sobre parte desse pessoal, principalmente de sua ligação com a natureza e seu hábitos de consumo… Hábitos esses que são alvos de diversas operações policiais, não é mesmo? Muita “Natureza” é apreendida com parte dessa “pseudo-elite” pela nossa querida Polícia Federal e Polícia Militar do Estado de Santa Catarina.

Enquanto isso, no pano de fundo, no “background” de toda essa discussão, vemos não um, nem dois, mas sim VÁRIOS estrangeiros, donos de pousadas, preocupados com seus pequenos negócios, alimentando essas manifestações à distância. Estes sim, os verdadeiros exploradores e aproveitadores. Sugiro, inclusive, uma vistoria do Ministério do Trabalho em seus estabelecimentos.

Isso sem falar nos empresários do ramo imobiliário que exploram o belíssimo litoral.

Falam da dragagem local, sob uma chuva de alegações a respeito de problemas que poderiam ser gerados ao Meio Ambiente.


Vamos à dragagem então: trabalhei nesta atividade por quase um ano e acho que posso, ao menos, emitir minha opinião a respeito. Se vão aceitá-la ou não, aí já não é comigo.


A História nos diz que algumas dragagens já foram feitas no local, com a finalidade de dar acesso ao Porto de Florianópolis.


1900: foi dragado um canal através da Baía Norte, com nove quilômetros de extensão, 40 metros de largura e profundidade de quatro metros, sendo que ainda anunciaram, na época, mais uma dragagem para aumentar em mais um metro a profundidade local.

1915: o mesmo local foi dragado aumentando a profundidade local para 8 metros.


1929: é feita a maior dragagem da área, numa extensão de 12 quilômetros, com 80 metros de largura, deixando o canal novamente com os antigos 5 metros de profundidade.


1930: foi descoberto que foi descartada uma parte dos resíduos das dragagens anteriores em outro local que não o “Saco das Tijuquinhas”, que fora designado para tanto.


Década de 1950: as dragagens foram retomadas e, segundo registros, o mesmo local serviu de “dumping area” para os resíduos da dragagem da Baía Norte.


Em 1965, como informou-me o amigo Ernesto São Thiago, o Porto de Florianópolis, mesmo ainda exportador de madeira, foi excluído do Plano Nacional da Viação. Daí em diante, talvez por isto, cessaram as dragagens do respectivo canal de acesso.


A dragagem do local serviria, caros leitores, para retirar os resíduos ali deixados, resíduos esses que, apesar de agora estarem ali, não fazem parte da configuração original daquela região. Isso tudo somado ao lixo e aos dejetos provenientes dos esgotos das casas em volta do local, que não têm o saneamento básico correto, limitando-se, em sua grande maioria, a descarregar todo o esgoto na água.


Foram diversas “orelhadas”, das quais destaco as seguintes:


Falam que matarão os golfinhos, mas esses já vêm morrendo há cerca de 20 anos, independente da presença ou não de um grande Estaleiro na região. Com o estaleiro ou não, o fato é que essa espécie encaminha-se para a extinção. O verdadeiro problema para os golfinhos não é a instalação do estaleiro, mas sim o fato de há anos, eles virem morrendo e ninguém ter feito nada até hoje, conseqüência da falta de educação dos turistas que chegam muito próximo e de sua própria fragilidade genética, uma vez que vêm se reproduzindo dentro da mesma família há anos e anos.


Agora querem colocar tudo “na conta” do Eike.


Além disso, falam no Arsênio, pois foi detectada uma concentração maior do que o normal deste metal, que está depositado no fundo do mar e que seria deslocado para a superfície no caso de uma dragagem no local. Pesquisas indicam que o arsênio depositado no local é originado pela decomposição das rochas de Anhatomirim. Para ser considerado tóxico, deve estar em concentração acima de 70 miligramas por quilo. Após análises, somente duas amostras apresentaram pouco mais de 15 miligramas por quilo.


Falam de um Estaleiro como se fosse um porto, e não é: não há alta movimentação de possíveis estruturas que possam causar vazamento de óleo, a tinta usada pela OSX não seria tóxica e não há movimentação de embarcações com a mesma freqüência como ocorre nos portos.


Falam de erosão no local, sendo que estudos prévios baseados num modelo matemático que leva em consideração as marés e correntes mostram que esta poderia vir a ocorrer há mais de 1200 metros do local.


Li algo sobre reclamações e possíveis problemas relacionados à Água de Lastro e, quanto a esta, há uma Regulamentação Internacional que exige que a água seja trocada bem longe da costa brasileira, para não introduzir organismos estranhos na nossa biota. Não foi o Eike que inventou. Isso é o que fazemos em navios mercantes. É uma Lei e temos que seguí-la. A IMO (International Maritime Organization), braço marítimo da ONU, já fiscaliza isso e as Sociedades Classificadoras, como por exemplo a Lloyd’s Register, vêm intensificando cada vez mais esta fiscalização.

Sociedades Classificadoras são empresas, entidades ou organismos reconhecidos para atuarem em nome da Autoridade Marítima Brasileira na regularização, controle e certificação de embarcações nos aspectos relativos à segurança da navegação, salvaguarda da vida humana e da prevenção da poluição ambiental.

Falam de favelização e isso é de responsbilidade do Governo controlar. Mais uma vez o problema é a especulação imobiliária aqui.

Contaminação de solo e lençóis freáticos foi a maior orelhadas de todas, pelo Amor de Deus. Tenham mais responsabilidade com o que divulgam.

Os pescadores e catadores de mariscos poderiam ser prejudicados também, já que a dragagem iria aumentar, por um tempo, a quantidade de material suspenso na água, o que poderia ser compensado financeiramente pelo tempo que fosse necessário até que esse material retornasse ao fundo.

Misturem sal e água, mexam bastante, e aguardem. Assim você vão entender o que vai acontecer ali em relação aos sólidos em suspensão, só que em mais tempo. A não ser que a “pseudo elite ” também mude as Leis da Física.

São bonitos folderes, bem montados, com argumentos que até chegam a impressionar os leigos, mas nós, pessoas que estamos na atividade marítima, ficamos mesmo impressionados é com a fragilidade desses argumentos.

O que vejo, no final de tudo, é muita gente movida por interesses que nada têm a ver com preocupação ambiental ou social, movimentando uma massa de pessoas que estão sendo usadas para se proteger interesses dos especuladores imobiliários.

No fim de tudo, vemos leigos falando bastante, com discursos bem engendrados, muitas vezes emocionantes e “politicamente corretos”, falando besteiras sobre atividades que somente pessoas ligadas à Construção Naval e Marinha Mercante podem falar com propriedade.

Uns estão porque querem… outros, se deixaram levar…

Abre o olho, povo catarinense…

Abre o olho…

Schaefer Yachts conquista o Top de Marketing

                Prêmio concedido pela ADVB/SC reconhece excelência do estaleiro catarinense




A Schaefer Yachts festeja a conquista do prêmio Top de Marketing 2010, concedido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Santa Catarina (ADVB/SC), no último dia 9 de novembro. O reconhecimento vem coroar a comemoração dos 18 anos do maior estaleiro de luxo do país, que concorreu com o case Schaefer Yachts - Uma nova marca náutica, de Santa Catarina para o mundo. Elaborado pela PalavraCom, agência de comunicação da empresa, o case conquistou os jurados pela criação do polo náutico da Grande Florianópolis e de um nicho de mercado de alto padrão e competitividade internacional, com destaque para seus produtos de excelência em sofisticação, conforto e navegabilidade.

Criado em 1992 em Palhoça (SC), o estaleiro Schaefer Yachts se tornou, em menos de duas décadas, o maior estaleiro de luxo 100% brasileiro. Hoje conta com cerca de 600 colaboradores e um centro de design e inovação no município de Biguaçu, Grande Florianópolis, além de ser líder de mercado nas lanchas até 50 pés, exportando a linha Phantom para dezenas de países.

Uma prova desse reconhecimento é a recente parceria com a Pininfarina, um dos maiores estúdios de design do mundo, responsável pelo desenho de marcas como Ferrari e Maserati. Anunciada durante o último SP Boat Show, em outubro, a novidade vai levar a assinatura da empresa italiana para uma das opções de decoração interna da Phantom 600, a primeira lancha de 60 pés do estaleiro, que deve ser lançada até o final do ano.